sexta-feira, 29 de junho de 2012

Terra: Transição democrática em Myamar ganha força

http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI5865690-EI294,00-Aung+San+Suu+Kyi+esta+disposta+a+governar+Mianmar+no+futuro.html

sábado, 13 de novembro de 2010

Cosmograma sobre Aung San Suu Kyi

Perfil:

Aung San Suu Kyi é símbolo de

resistência pacífica

DA BBC BRASIL

A ativista Aung San Suu Kyi, de 65 anos, passou a maior parte dos últimos 21 anos sob alguma forma de detenção, em consequência de sua campanha para restaurar a democracia em Mianmar, país governado por uma junta militar.

Em 1991, um ano depois de seu partido, a Liga Nacional pela Democracia (LND) ter obtido uma vitória esmagadora nas urnas, em um pleito anulado pela junta, ela foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz.

"Este é um tempo de calma e de diálogo", diz Nobel da Paz libertada em Mianmar
Suu Kyi é libertada e aparece na porta de sua casa
Partidários de Suu Kyi aguardam sua libertação


Impedida de participar das primeiras eleições de Mianmar em duas décadas, realizadas em novembro de 2010, Suu Kyi é um símbolo de esperança para muitos em Mianmar.


Aung San Suu Kyi é filha do herói da independência do país, general Aung San.
Ele foi assassinado durante o período de transição, em julho de 1947, seis meses após a independência. Aung San Suu Kyi tinha apenas 2 anos à época. Em 1960, ela foi para a Índia com sua mãe, Daw Khin Kyi, que havia sido nomeada embaixadora em Nova Déli.
Quatro anos depois, foi cursar a Universidade de Oxford, no Reino Unido, onde estudou filosofia, política e economia. Lá, conheceu seu futuro marido, o acadêmico Michael Aris.
Após períodos vivendo e trabalhando em Japão e Butão, passou a viver na Inglaterra, onde criou seus dois filhos, Alexander e Kim. Mas Mianmar nunca esteve longe de seus planos. Quando ela voltou a Yangun(Rangoon), em 1988 - para cuidar da mãe doente - Mianmar passava por um período político turbulento. Milhares de estudantes, trabalhadores e monges saíam às ruas para pedir reformas democráticas.

"Eu não poderia, como filha de meu pai, ficar indiferente a tudo que acontecia", disse ela, em discurso em Yangun (Rangoon) no dia 26 de agosto de 1988. Suu Kyi foi rapidamente alçada à categoria de líder de uma revolta contra o então ditador general Ne Win.

Inspirada pelas campanhas dos líderes de defesa dos direitos civis Marting Luther King, nos EUA, e Mahatma Gandhi, na Índia, ela organizou comícios e viajou pelo país, pedindo reforma democrática pacífica e eleições livres.

Mas as manifestações foram brutalmente reprimidas pelo Exército, que tomou o poder em um golpe no dia 18 de setembro de 1988. O governo militar convocou eleições nacionais em maio de 1990. A LND de Aung San Suu Kyi venceu o pleito, apesar do fato de ela estar sob prisão domiciliar, e ter sido impedida de participar da votação. Mas a junta se recusou a entregar o poder, e permanece no controle do país desde então.


PRISÃO DOMICILIAR
Suu Kyi permaneceu sob prisão domiciliar em Yangun por seis anos, até ser libertada em julho de 1995.Ela foi posta sob prisão domiciliar novamente em setembro de 2000, quando tentou viajar para a cidade de Mandalay, desafiando restrições a viagens impostas a ela pela junta.
Foi libertada incondicionalmente em maio de 2002, mas após um ano, foi novamente detida, após um choque entre seus partidários e uma multidão apoiada pelo governo.
Ela obteve permissão para voltar para casa - mas foi posta, novamente, sob prisão domiciliar, onde permanecia desde então. Durante períodos de confinamento, Suu Kyi ocupa seu tempo estudando e se exercitando.

Ela pratica meditação, estuda francês e japonês, e relaxa tocando Bach ao piano.
Nos últimos anos, conseguiu encontrar outros integrantes da LND e diplomatas aprovados pelo governo. Mas nos seus primeiros anos de detenção, ela esteve quase sempre submetida a um confinamento solitário. Não tinha permissão para ver seus dois filhos ou seu marido, que morreu de câncer em março de 1999.

As autoridades militares do país permitiram que ela viajasse para a Grã-Bretanha quando seu marido estava gravemente doente, mas ela se sentiu obrigada a recusar a oferta, porque temia não obter autorização para voltar ao país.
Ela tem netos que nunca conheceu.




"NÃO SE PODE IMPEDIR A LIBERDADE"
Nos últimos meses, Suu Kyi foi criticada por várias pessoas, devido à sua decisão de boicotar as eleições de novembro, as primeiras de Mianmar em 20 anos.
A LND afirmou que as leis eleitorais eram injustas, e decidiu não participar do pleito. Sob as novas leis eleitorais, a liga teve então que se desmantelar.
Mas um grupo de integrantes da liga formou um novo partido para participar das eleições, afirmando que ter alguma representação no novo Parlamento seria melhor do que não ter alguma. As eleições  descritas como "nem livres nem justas" pelo presidente dos EUA, Barack Obama aparentemente deixaram os partidos apoiados pelos militares firmemente no controle do país.

Este fato deu origem a especulações de que ela poderia ser libertada em breve. Ela disse que não aceitaria uma libertação se fossem impostas restrições a suas atividades.
Suu Kyi sempre afirmou que a prisão a deixava mais segura de sua determinação de dedicar sua vida a representar o cidadão comum birmanês.

Em uma rara entrevista em 2007 durante o levante que foi reprimido pelos militares, ela afirmou que a democracia "não tinha terminado em Mianmar"."Não importa a força física do regime, no final eles não podem parar as pessoas, eles não podem impedir a liberdade", disse ela a o jornalista britânico John Pilger.

"Nossa hora vai chegar"Mianmar é o nome do país do sudeste asiático e que foi retratado no filme: "Beyond Rangoon" dirigido por John Boorman retratando o período de agosto de 1988. (tradução Muito além de Rangoon).

domingo, 15 de novembro de 2009

Obama se manifesta sobre os absurdos políticos em Mianmar - Sudeste Asiático

Obama pede libertação de líder oposicionista Aung San Suu Kyi, em Mianmar






O presidente americano, Barack Obama, intervem na antiga Birmânia, fazendo pedido pessoal ao primeiro-ministro de Mianmar, general Thein Sein, em favor da libertação da líder oposicionista Aung San Suu Kyi, nobelista da Paz.




A solicitação ocorreu durante um evento histórico que Obama teve com os dez líderes da Associação dos Países do Sudeste Asiático (Asean), encontro paralelo à cúpula da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec).




Foi a primeira vez que um dos governos estadunidenses se manifestou de problemas da antiga Birmânia. Sempre a ausência e indiferença estadunidense, foram evidente quanto aos encontros da ASEAN, pois isto sempre soa como cumplicidade a abusos como os ocorridos e comandados pelo governo militar de Mianmar, que foi apresentado no filme "Muito Além de Ragnun" .

Ragnun é a capital da ex-Birmânia, local estratégico geograficamente no sudeste asiático, perto da Malásia, Vietnan, Cambojda, Tailândia, Índia, países esquecidos e pouco destacados no cenário internacional.A líder oposicionista Suu Kyi ganhou as eleições de 1990, no entanto, a junta militar nunca permitiu que ela assumisse a Presidência.


A prisão domiciliar de San Suu Kyi  se perpetua  desde agosto e as autoridades de Mianmanr desejam mantê-la isolada do contato popular até as eleições do ano que vem.

São 14 anos de perseguição política e ações do governo militar.


Obama diz estar disposto a negociar com o governo militar de Mianmar, mas frisou que as sanções econômicas atualmente impostas ao país vão permanecer até a reversão da situação e da prisão da ativista Suu Kyi.

domingo, 20 de setembro de 2009

Mais de cinco mil presos políticos são anistiados em Mianmar

fonte:REUTERS


MIANMAR - A junta militar que governa Mianmar anunciou anistia para mais de cinco mil presos políticos. Dois jornalistas que apareciam na lista da ONG Human Rights Watch também foram beneficiados com a medida.
A anistia foi anunciada pela televisão estatal para celebrar o aniversário do golpe de Estado de 1988, que seguiu à repressão das manifestações pela democracia, e que terminou com a substituição de uma junta militar por outra.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Militares de Ragnun tentam segurar Aung San Suu Kyi, em vão

Os militares de Mianmar, a antiga Birmânia, que foram os vilões mostrados no filme-denúncia - "Muito Além de Ragnun (Yangunn)", baseado em fatos reais. A censura, a perseguição covarde e desavergonhada, dos militares, instalados no aparelho de Estado, que tentam em vão, coagir e intimidar a ex-candidata a presidência Aung San Suu Kyi. A ativista foi proibida de receber visitas e está sendo julgada pelo fato de não obedecer os tiranos da região.

Conforme ocorre no mundo todo, e mais do que nunca no sudeste asiático, a mídia nas mãos dos "donos do jogo" (capitalistas selvagens, escravos do dinheiros, vícios e ignorância), é uma nova forma de prostituição a mídia faz o 4o poder, sempre com doses de má administração empresarial, o uso do "pires" sempre na mão, e o conteúdo vendido e transmitido visando alienar o povo e entorpecer, com a ausência da informação prioritária.

Mianmar tem uma líder de verdade, uma pessoa preparada, positiva, culta, nobelista, pacifista: Aung San Suu Kyi.
Mas o próprio povo, não exerce sua força política e permanece com surtos de lucidez e manifestações pífias, intimidados pelo governo militar, sendo incapaz de reconhecer e lutar pelos verdadeiros líderes libertários.

Infelizmente um povo alienado, despreparado e entorpecido pela mídia não se interessa pela política !
Isso fortalece provérbios cínicos :
"Ao povo pão e circo!"
"Quem não gosta de política é governado por quem aprendeu a gostar "
( É preciso reconhecer mais a importância da administração comunitária e da política, não adianta reclamar" !)

Cláudio Monteiro - correiodoclaudio1@hotmail.com

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Diplomata diz que Suu Kyi 'estala de energia' em Tribunal


Aung San Suu Kyi está na prisão de Insein, na capital de Mianmar
A líder pró-democracia de Mianmar, Aung San Suu Kyi, parecia "calma" e "estalando de energia" na audiência de seu julgamento nesta quarta-feira, na capital do país, Yangun, segundo um diplomata britânico que conseguiu permissão para assistir aos procedimentos.
Suu Kyi que passou os últimos quase 20 anos de sua vida é acusada de ter violado os termos de sua prisão domiciliar, depois que um americano, John Yettaw, atravessou a nado um lago para chegar à casa em que ela estava confinada.


Pelas normas da Constituição do país, Suu Kyi deveria ser libertada no dia 27 de maio, depois de seis anos consecutivos de prisão domiciliar. Mas, na semana passada, ela foi presa depois do incidente e levada ao presídio de Insein, na capital.

As autoridades birmanesas permitiram que um pequeno grupo de jornalistas locais e diplomatas estrangeiros pudessem participar do julgamento iniciado na segunda-feira. Não foi autorizado, entretanto, que fossem feitas imagens dos procedimentos.
O diplomata da Grã-Bretanha em Mianmar, Mark Canning, foi um dos que obteve permissão para observar os procedimentos no caso de Aung San Suu Kyi,
"Ela estava contida, ereta, estalando de energia, no comando de sua equipe de defesa. Os procedimentos foram um policial fornecendo várias provas contra o americano que teve acesso ao complexo onde ela estava", disse.
"Após a conclusão da sessão, ela falou rapidamente com os diplomatas que estavam lá, dizendo esperar encontrá-los em uma ocasião melhor", afirmou.
Canning elogiou a decisão do governo de permitir que jornalistas e diplomatas acompanhem o julgamento, que está sendo realizado a portas fechadas. Mas ele afirma que não acredita que o resultado será justo.
"Toda a parafernália de um julgamento está lá, os juízes, a promotoria, a defesa. Mas acho que esta é uma história na qual a conclusão já foi escrita. Então, não tenho nenhuma confiança no resultado", afirmou.


Fonte: BBC Brasil

Condenação de ativista em Mianmar gera protestos da comunidade internacional

Fonte: BBC Brasil

Atualizado em 11 de agosto, 2009 - 16:03 (Brasília) 19:03 GMT

União Europeia ameaçou Mianmar com mais sanções econômicas
A condenação da líder da oposição em Mianmar, Aung San Suu Kyi, a 18 meses adicionais de prisão domiciliar, nesta terça-feira, gerou protestos da comunidade internacional e fez com que a União Europeia prometesse reforçar as sanções já existentes contra o regime do país asiático.
Em um comunicado publicado após a divulgação do veredicto, nesta terça-feira, a Presidência rotativa da União Europeia – ocupada atualmente pela Suécia – expressou sua condenação ao que classificou como "julgamento injustificado" de Suu Kyi e pediu a "libertação incondicional e imediata" da ativista, que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1991 e passou 14 dos últimos 20 anos detida.

"A União Europeia responderá com medidas adicionais contra os responsáveis por este veredicto. Além disso, a União Europeia irá reforçar as medidas restritivas contra o regime de Mianmar, incluindo (as que dizem respeito) a interesses econômicos. A UE enfatiza que está pronta para revisar, emendar ou reforçar suas ações à luz dos acontecimentos em Mianmar", diz o comunicado.

Em resposta ao veredicto, o governo da França convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para terça-feira, pouco depois de o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, ter divulgado um comunicado em que afirma estar "desapontado" com a condenação de Suu Kyi.

"O secretário-geral lastima de modo veemente esta decisão e pede que o governo (de Mianmar) liberte imediatamente e incondicionalmente Aung San Suu Kyi", diz o comunicado.
O secretário-geral das Nações Unidas também expressou preocupação com o fato de a sentença de prisão domiciliar impedir a participação de Suu Kyi nas eleições de 2010 em Mianmar.
"A menos que ela e outros prisioneiros políticos em Mianmar sejam libertados e autorizados a participar de eleições livres e justas, a credibilidade do processo político (no país) continuará sob suspeita", afirmou.
Estados Unidos
A ativista foi condenada por um tribunal de Yangun por ter violado as regras da prisão domiciliar, ao permitir que um americano, John Yettaw, entrasse em sua casa em maio passado.
O governo dos Estados Unidos também expressou sua condenação à sentença.
Em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que Suu Kyi "não deveria ter sido julgada nem condenada" e pediu que a junta militar que governa Mianmar "acabe com a repressão e comece um diálogo com a oposição e grupos étnicos".
"Também pedimos pela libertação dos mais de 2 mil presos políticos (de Mianmar), incluindo o americano John Yettaw. Estamos preocupados com a sentença cruel imposta a ele, especialmente devido a suas condições médicas", disse Hillary durante visita à República Democrática do Congo.
Resposta asiática
A sentença de prisão domiciliar anterior de Suu Kyi expirou no último dia 27 de maio. A nova condenação fará com que ela ainda esteja detida durante as eleições em Mianmar, que estão marcadas para maio do ano que vem.
O partido da ativista, a Liga Nacional pela Democracia, venceu a última eleição no país em 1990, mas nunca conseguiu assumir o poder.
Na Ásia, os governos das Indonésia e das Filipinas também condenaram a sentença contra Suu Kyi.
De acordo com a correspondente da BBC no sul da Ásia, Jill McGivering, no entanto, os governos de Índia e China, os maiores parceiros comerciais de Mianmar, evitaram fazer comentários públicos sobre a condenação.
Os dois países e a Tailândia têm sido acusados de apoiar o governo militar de Mianmar, especialmente depois de os países ocidentais terem adotado sanções econômicas contra o regime.