terça-feira, 18 de agosto de 2009

Militares de Ragnun tentam segurar Aung San Suu Kyi, em vão

Os militares de Mianmar, a antiga Birmânia, que foram os vilões mostrados no filme-denúncia - "Muito Além de Ragnun (Yangunn)", baseado em fatos reais. A censura, a perseguição covarde e desavergonhada, dos militares, instalados no aparelho de Estado, que tentam em vão, coagir e intimidar a ex-candidata a presidência Aung San Suu Kyi. A ativista foi proibida de receber visitas e está sendo julgada pelo fato de não obedecer os tiranos da região.

Conforme ocorre no mundo todo, e mais do que nunca no sudeste asiático, a mídia nas mãos dos "donos do jogo" (capitalistas selvagens, escravos do dinheiros, vícios e ignorância), é uma nova forma de prostituição a mídia faz o 4o poder, sempre com doses de má administração empresarial, o uso do "pires" sempre na mão, e o conteúdo vendido e transmitido visando alienar o povo e entorpecer, com a ausência da informação prioritária.

Mianmar tem uma líder de verdade, uma pessoa preparada, positiva, culta, nobelista, pacifista: Aung San Suu Kyi.
Mas o próprio povo, não exerce sua força política e permanece com surtos de lucidez e manifestações pífias, intimidados pelo governo militar, sendo incapaz de reconhecer e lutar pelos verdadeiros líderes libertários.

Infelizmente um povo alienado, despreparado e entorpecido pela mídia não se interessa pela política !
Isso fortalece provérbios cínicos :
"Ao povo pão e circo!"
"Quem não gosta de política é governado por quem aprendeu a gostar "
( É preciso reconhecer mais a importância da administração comunitária e da política, não adianta reclamar" !)

Cláudio Monteiro - correiodoclaudio1@hotmail.com

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Diplomata diz que Suu Kyi 'estala de energia' em Tribunal


Aung San Suu Kyi está na prisão de Insein, na capital de Mianmar
A líder pró-democracia de Mianmar, Aung San Suu Kyi, parecia "calma" e "estalando de energia" na audiência de seu julgamento nesta quarta-feira, na capital do país, Yangun, segundo um diplomata britânico que conseguiu permissão para assistir aos procedimentos.
Suu Kyi que passou os últimos quase 20 anos de sua vida é acusada de ter violado os termos de sua prisão domiciliar, depois que um americano, John Yettaw, atravessou a nado um lago para chegar à casa em que ela estava confinada.


Pelas normas da Constituição do país, Suu Kyi deveria ser libertada no dia 27 de maio, depois de seis anos consecutivos de prisão domiciliar. Mas, na semana passada, ela foi presa depois do incidente e levada ao presídio de Insein, na capital.

As autoridades birmanesas permitiram que um pequeno grupo de jornalistas locais e diplomatas estrangeiros pudessem participar do julgamento iniciado na segunda-feira. Não foi autorizado, entretanto, que fossem feitas imagens dos procedimentos.
O diplomata da Grã-Bretanha em Mianmar, Mark Canning, foi um dos que obteve permissão para observar os procedimentos no caso de Aung San Suu Kyi,
"Ela estava contida, ereta, estalando de energia, no comando de sua equipe de defesa. Os procedimentos foram um policial fornecendo várias provas contra o americano que teve acesso ao complexo onde ela estava", disse.
"Após a conclusão da sessão, ela falou rapidamente com os diplomatas que estavam lá, dizendo esperar encontrá-los em uma ocasião melhor", afirmou.
Canning elogiou a decisão do governo de permitir que jornalistas e diplomatas acompanhem o julgamento, que está sendo realizado a portas fechadas. Mas ele afirma que não acredita que o resultado será justo.
"Toda a parafernália de um julgamento está lá, os juízes, a promotoria, a defesa. Mas acho que esta é uma história na qual a conclusão já foi escrita. Então, não tenho nenhuma confiança no resultado", afirmou.


Fonte: BBC Brasil

Condenação de ativista em Mianmar gera protestos da comunidade internacional

Fonte: BBC Brasil

Atualizado em 11 de agosto, 2009 - 16:03 (Brasília) 19:03 GMT

União Europeia ameaçou Mianmar com mais sanções econômicas
A condenação da líder da oposição em Mianmar, Aung San Suu Kyi, a 18 meses adicionais de prisão domiciliar, nesta terça-feira, gerou protestos da comunidade internacional e fez com que a União Europeia prometesse reforçar as sanções já existentes contra o regime do país asiático.
Em um comunicado publicado após a divulgação do veredicto, nesta terça-feira, a Presidência rotativa da União Europeia – ocupada atualmente pela Suécia – expressou sua condenação ao que classificou como "julgamento injustificado" de Suu Kyi e pediu a "libertação incondicional e imediata" da ativista, que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1991 e passou 14 dos últimos 20 anos detida.

"A União Europeia responderá com medidas adicionais contra os responsáveis por este veredicto. Além disso, a União Europeia irá reforçar as medidas restritivas contra o regime de Mianmar, incluindo (as que dizem respeito) a interesses econômicos. A UE enfatiza que está pronta para revisar, emendar ou reforçar suas ações à luz dos acontecimentos em Mianmar", diz o comunicado.

Em resposta ao veredicto, o governo da França convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para terça-feira, pouco depois de o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, ter divulgado um comunicado em que afirma estar "desapontado" com a condenação de Suu Kyi.

"O secretário-geral lastima de modo veemente esta decisão e pede que o governo (de Mianmar) liberte imediatamente e incondicionalmente Aung San Suu Kyi", diz o comunicado.
O secretário-geral das Nações Unidas também expressou preocupação com o fato de a sentença de prisão domiciliar impedir a participação de Suu Kyi nas eleições de 2010 em Mianmar.
"A menos que ela e outros prisioneiros políticos em Mianmar sejam libertados e autorizados a participar de eleições livres e justas, a credibilidade do processo político (no país) continuará sob suspeita", afirmou.
Estados Unidos
A ativista foi condenada por um tribunal de Yangun por ter violado as regras da prisão domiciliar, ao permitir que um americano, John Yettaw, entrasse em sua casa em maio passado.
O governo dos Estados Unidos também expressou sua condenação à sentença.
Em uma coletiva de imprensa nesta terça-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que Suu Kyi "não deveria ter sido julgada nem condenada" e pediu que a junta militar que governa Mianmar "acabe com a repressão e comece um diálogo com a oposição e grupos étnicos".
"Também pedimos pela libertação dos mais de 2 mil presos políticos (de Mianmar), incluindo o americano John Yettaw. Estamos preocupados com a sentença cruel imposta a ele, especialmente devido a suas condições médicas", disse Hillary durante visita à República Democrática do Congo.
Resposta asiática
A sentença de prisão domiciliar anterior de Suu Kyi expirou no último dia 27 de maio. A nova condenação fará com que ela ainda esteja detida durante as eleições em Mianmar, que estão marcadas para maio do ano que vem.
O partido da ativista, a Liga Nacional pela Democracia, venceu a última eleição no país em 1990, mas nunca conseguiu assumir o poder.
Na Ásia, os governos das Indonésia e das Filipinas também condenaram a sentença contra Suu Kyi.
De acordo com a correspondente da BBC no sul da Ásia, Jill McGivering, no entanto, os governos de Índia e China, os maiores parceiros comerciais de Mianmar, evitaram fazer comentários públicos sobre a condenação.
Os dois países e a Tailândia têm sido acusados de apoiar o governo militar de Mianmar, especialmente depois de os países ocidentais terem adotado sanções econômicas contra o regime.

Prêmio Nobel ficará em Prisão Domiciliar por mais 18 meses em Myanmar

A líder da oposição de Mianmar, Aung San Suu Kyi, foi condenada a mais 18 meses de prisão domiciliar por um tribunal em Yangun, por ter violado leis de segurança permitindo que um americano entrasse em sua casa em maio passado. Inicialmente, Suu Kyi foi condenada a três anos de trabalhos forçados, mas a pena foi substituída por prisão domiciliar por ordem especial do líder militar de Mianmar, Than Shwe, informou um ministro do governo.

O americano John Yettaw ultrapassou os guardas, atravessou a nado o lago em frente à casa da líder birmanesa e passou duas noites em sua residência, violando os termos de sua prisão domiciliar. Ele foi condenado a sete anos de prisão, quatro deles de trabalhos forçados.Suu Kyi, que recebeu o prêmio Nobel da Paz em 1991, passou 14 dos últimos 20 anos detida. Ela negou as acusações, mas disse que esperava ser condenada.

Inesperadamente, o tribunal permitiu o acesso de jornalistas pouco antes de a sentença ser anunciada.

Críticas

O processo foi criticado como sendo uma forma encontrada pelos militares para manter a líder da oposição presa até depois das eleições programadas para o ano que vem. O partido de Suu Kyi, Liga Nacional para Democracia, venceu a última eleição no país em 1988, mas nunca conseguiu assumir o poder. Suu Kyi terminava de cumprir uma pena de cinco anos de prisão quando o intruso invadiu sua casa. Acredita-se que Yettaw, de 54 anos, sofre de epilepsia, diabetes e transtorno de estresse pós-traumático. Ele foi internado em um hospital de Yangun e teria sido liberado na segunda-feira à noite, depois de uma semana de tratamento por ataques epilépticos.