quarta-feira, 27 de maio de 2009

Abaixo-assinado corre o mundo em favorda libertação de Aung San Suu Kyi

Clooney e premiê aderem a abaixo-assinado por libertação de Suu Kyi

Agência AFP

LONDRES - O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o ator americano George Clooney deixaram seus nomes no abaixo-assinado de uma campanha virtual pela libertação da líder opositora birnamesa Aung San Suu Kyi.
A campanha "64 para Aung San Suu Kyi", lançada em Londres para coincidir com o aniversário de 64 anos da "Dama de Yangun", no dia 19 de junho, acontece durante o julgamento contra a nobel da Paz, levada ao tribunal por ter hospedado um americano em sua casa, onde cumpre prisão domiciliar.
- Somo minha voz ao crescente número de pessoas que exigem a libertação (de Suu Kyi). Durante muito tempo, o mundo não conseguiu reagir a esta injustiça intolerável. Mas isto está mudando - escreveu Brown no site da campanha, explicando as razões pelas quais aderiu ao abaixo-assinado.
Clooney também deixou sua assinatura no site www.64forsuu.com, assim como a ex-secretária de Estado americana Madeleine Albright, o jogador de futebol David Beckham, a cantora Madonna, o cantor Bono e os atores Robert de Niro e Brad Pitt.
- Durante a maior parte destes 19 anos, a junta militar a manteve vigiada em sua residência. Não podemos ficar mudos quando ela é silenciada novamente. Está na hora da comunidade internacional dizer com uma só voz: libertem Aung San Suu Kyi - escreveu Clooney, referindo-se à eleição, em 1990, vencida por Suu Kyi e jamais reconhecida pela junta militar.
17:12 - 27/05/2009

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Abaixo à Junta Militar Birmanesa

Suu Kyi proclama inocência ante tribunal
Fonte:Agência AFP

YANGUN - A opositora birmanesa Aung San Suu Kyi proclamou inocência nesta sexta-feira ante o tribunal que a julga por violação das condições de detenção domiciliar, informou um porta-voz do partido da Prêmio Nobel da Paz.
- Não sou culpada, uma vez que não cometi nenhum crime - declarou Suu Kyi, segundo o porta-voz e advogado Nyan Win.
A Junta Militar birmanesa, que ocupa o poder desde 1962, iniciou nesta segunda-feira um novo julgamento contra Aung San Suu Kyi.
Suu Kyi, de 63 anos, enfrenta uma condenação de até cinco anos de prisão se for considerada culpada de ter violado a detenção domiciliar ao receber em casa, no começo de maio, o americano John Yettaw que, para chegar à residência, atravessou a nado o lago que a cerca
10:47 - 22/05/2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Governo de Mianmar sob ameaça de desmoralização internacional

Atualizado em 14 de maio, 2009 - 15:01 (Brasília) 18:01 GMT

Fonte:BBC Brasil

EUA e UE criticam novas acusações contra Nobel da Paz em Mianmar

Suu Kyi passou a maior parte dos últimos 19 anos em prisão domiciliar

Estados Unidos, União Europeia e a Grã-Bretanha condenaram nesta quinta-feira as novas acusações feitas pelo governo de Mianmar à líder da oposição do país, Aung San Suu Kyi.

Ela deve ser julgada no próximo dia 18 por ter recebido visitas, o que violaria sua sentença de prisão domiciliar, depois que um americano tentou entrar em sua casa, aparentemente sem ter sido convidado.

Presa dentro de sua residência pela maior parte dos últimos 19 anos, a vencedora do prêmio Nobel da Paz deveria ser libertada no próximo mês, mas com as novas alegações, sua sentença pode se estender além das eleições de 2010, quando analistas acreditam que o governo do país pretende conseguir algum tipo de legitimidade.

Suu Kyi foi levada de sua casa em Yangun para o presídio de Insein, uma prisão de segurança máxima onde estão detidos outros dissidentes políticos

Críticas

O departamento de Estado dos EUA disse que a secretária de Estado, Hillary Clinton, pediu para ser mantida informada sobre o caso.

"Vimos esta notícia, que é certamente preocupante, se for verdadeira", disse o porta-voz Ian Kelly, segundo a agência de notícias AFP.

O enviado da União Europeia para Mianmar, Piero Fassino, disse que "não há justificativa" para a detenção.

O premiê britânico, Gordon Brown, disse estar "profundamente preocupado que Aung San Suu Kyi possa ser acusada de violar os termos de sua detenção".

"O regime de Mianmar está claramente tentando encontrar qualquer pretexto, não importa o quão frágil, para estender esta detenção ilegal", disse ele.

'Tolo'

Pivô do caso, o americano John Yettaw, que segundo as autoridades de Mianmar é veterano da Guerra do Vietnã, foi preso depois de ter atravessado a nado o lago em frente à casa de Suu Kyi e ter se escondido lá por dois dias.

O advogado Jared Genser, que representa a família de Suu Kyi e assessora sua equipe legal, afirmou que vai contestar as acusações.

"A acusação é de violar os termos de sua prisão domiciliar, e o que seu advogado vai fazer é argumentar que claro que isso é ridículo porque, sim, pelos termos de sua prisão, ela não pode convidar pessoas a visitá-la. Mas está claro que ela não convidou essa pessoa a visitá-la", disse Genser à BBC.

"Se alguém aparece na porta dela, violando as leis de Mianmar, ela não pode ser responsabilizada."

O principal advogado de Suu Kyi, Kyi Win, responsabilizou o americano pela prisão, referindo-se a ele como "um tolo".

Segundo o correspondente da BBC no sudeste asiático, não estão claros os motivos do "visitante".

As informações são de que Suu Kyi será acusada de acordo com a legislação que garante a segurança do Estado contra elementos subversivos, o que poderia resultar em uma sentença de três a cinco anos de prisão.

A líder dissidente, que recebeu um Nobel da Paz por sua luta para tentar reestabelecer a democracia em Mianmar, passou a maior parte dos últimos 19 anos em prisão domiciliar.

Sua última sentença começou a ser cumprida em maio de 2003, depois de conflitos entre ativistas da oposição e manifestantes favoráveis ao governo militar de Mianmar.

A prisão domiciliar foi estendida no ano passado, numa decisão que, segundo analistas, é ilegal até mesmo para os limites determinados pela junta militar.

Esta última sentença deveria expirar no fim de maio.

Aung San Suu Kyi será julgada por violar prisão domiciliar na ex-Birmânia

Suu Kyi será julgada por violar condições da prisão domiciliar

05/14 | 11:36 GMT

Foto de arquivo de Aung San Suu Kyi

YANGUN, Mianmar (AFP) - - A líder da oposição de Mianmar e Prêmio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi, foi indiciada por ter violado as condições da prisão domiciliar e será julgada no dia 18 de maio.

Suu Kyi, 63 anos, secretária-geral da Liga Nacional pela Democracia (LND), está em prisão domiciliar desde 2003.

Nesta quinta-feira ela foi levada para a prisão de Insein, ao norte de Yangun, onde foi indiciada depois que um americano entrou em sua residência na semana passada.

"As autoridades indiciaram Aung San Suu Kyi e suas duas empregada domésticas, conforme a cláusula 22 da lei que protege o Estado dos perigos relacionados a elementos subversivos, lei pela qual ela foi colocada em prisão domiciliar", declarou o advogado Hla Myo Myint.

O americano também foi indiciado por ter violado as regras de imigração e uma lei sobre segurança.

John Yettaw, 53 anos, compareceu a um tribunal na prisão de Insein, mas não foi anunciada uma data para o julgamento.

O americano foi detido há uma semana depois que chegou a nado à residência de Aung San Suu Kyi, onde permaneceu dois dias.

Perfil: Aung San Suu Kyi é símbolo de resistência pacífica

Plantão Publicada em 14/05/2009 às 10h27m

Fonte:BBC

Assim como o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, Aung San Suu Kyi se tornou um símbolo internacional de resistência heroica e pacífica diante da opressão.
Para os birmaneses, Suu Kyi, de 63 anos, representa sua melhor e talvez única esperança de que um dia a repressão militar chegue ao fim no país.
Como ativista pró-democracia e líder da oposição pelo partido Liga Nacional pela Democracia (LND), ela passou mais de 11 dos últimos 19 anos detida de alguma forma, sob o regime militar de Mianmar.
Em 1991, ela recebeu o prêmio Nobel da Paz por seus esforços por trazer a democracia para Mianmar. Ao anunciar o prêmio, o chefe do comitê do Nobel da Paz, Francis Sejested, disse que ela "é um exemplo fora de série do poder dos oprimidos".
Prisão domiciliar
Depois de um período fora do país, Aug San Suu Kyi voltou a Mianmar em 1988. Ela foi presa no ano seguinte, quando os líderes birmaneses decretaram lei marcial, e mantida em prisão domiciliar em Yangun por seis anos, até ser libertada em julho de 1995.
Ela voltou a ser presa em setembro do ano 2000, quando tentou viajar para a cidade de Mandalay, desafiando as restrições impostas à sua circulação.
Em maio de 2002 ela foi libertada incondicionalmente, mas apenas um ano depois foi presa novamente, depois de confrontos entre ativistas da oposição e manifestantes pró-governo.
Depois de uma operação ginecológica em setembro de 2003, ela recebeu autorização para voltar para casa, mas ainda sob prisão domiciliar.
No verão de 2007, houve protestos em todo o país contra o preço dos combustíveis, seguidos por manifestações contra o governo lideradas por monges budistas, reprimidas violentamente pelo governo.
Em setembro do mesmo ano, Suu Kyi reapareceu na porta de sua casa - pela primeira vez desde 2003 - para se reunir com alguns dos monges.
Em maio de 2009, quando estava prestes a expirar sua sentença, a LND apelou ao governo para que soltasse Suu Kyi, alegando que ela sofria de pressão baixa e desidratação, mas o apelo foi rejeitado.
Ela foi levada à prisão de Insein para esperar o julgamento, previsto para o dia 18 de maio.
Os críticos afirmam que a prisão tem o objetivo de mantê-la longe do olhar público até as eleições, marcadas para 2010.
Visitas diplomáticas
Durante os períodos de confinamento, Aun Sang Suu Kyyi se manteve ocupada estudando e se exercitando.
Ela meditava, estudava francês e japonês, e relaxava tocando composições de Bach ao piano.
Nos últimos anos, ela conseguiu se reunir com alguns líderes da LND e alguns diplomatas internacionais, como o enviado especial da ONU Razali Ismail.
Mas durante os primeiros anos de detenção, Suu Kyi esteve constantemente em confinamento solitário e nunca foi autorizada a ver seus dois filhos ou seu marido, o acadêmico britânico Michael Aris, que morreu de câncer em março de 1999.
Quando seu marido estava no leito de morte, as autoridades militares permitiram que Suu Kyi viajasse para a Grã-Bretanha para vê-lo, mas ela recusou por medo de ser proibida de retornar ao país.
Aung San Suu Kyo já disse mais de uma vez que a prisão a deixou ainda mais decidida a dedicar o resto de sua vida a "representar o cidadão birmanês comum".
O enviado da ONU Razali Ismail disse privadamente que ela é uma das pessoas mais impressionantes que ele já conheceu.
Vida fora
Muito do apelo de Aung San Suu Kyi em Mianmar se deve ao fato de ela ser filha de um dos heróis da independência, o general Aung San.
Ele foi assassinado durante o período de transição em julho de 1947, apenas seis meses antes da independência. Suu Kyi tinha apenas dois anos de idade.
Em 1960 ela foi morar na Índia com a sua mãe, Daw Khin Kyi, que foi nomeada embaixadora em Delhi.
Quatro anos depois ela foi para a Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha, onde estudou filosofia, política e economia. Lá ela conheceu o futuro marido.
Depois de viver e trabalhar no Japão e no Butão, ela se resignou a ser uma dona de casa, casada com o acadêmico britânico e criando os filhos Alexander e Kim.
Mas Mianmar nunca esteve distante de seus pensamentos. Quando voltou a Yangun em 1988 - inicialmente para cuidar de sua mãe, que estava doente - Mianmar passava por uma grande reviravolta política.
Milhares de estudantes, trabalhadores e monges foram às ruas exigir reformas democráticas.
"Eu não poderia, sendo filha de meu pai, permanecer indiferente ao que se passa", disse ela em um discurso em Yangun, em 1988.
Pouco depois, ela foi lançada à liderança da revolta contra o general Ne Win, que governava o país.
Inspirada pelas campanhas não-violentas por direitos civis de Martin Luther King, nos Estados Unidos, e de Mahatma Ghandi, na Índia, ela organizou comícios e viajou pelo país, pedindo reformas democráticas pacíficas e eleições livres.
Mas as manifestações foram brutalmente reprimidas pelo exército, que assumiu o poder em um golpe no dia 18 de setembro de 1988.
O governo militar convocou eleições nacionais em maio de 1990. O partido de Suu Kyi venceu as eleições com larga vantagem, apesar de ela estar sob prisão domiciliar e não estar autorizada a concorrer.
Mas a junta militar se recusou a entregar o poder, que manteve desde então.
Para mais notícias, visite o site da BBC Brasil

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Classificação de países por perseguição no 1º semestre 2009

Classificação publicada em 3.2.2009

País/ Nota /e nível de Incerteza (entre parênteses)
1) Coreia do Norte - 90,5 (0)
2) Arábia Saudita - 67 (0)
3) Irã - 67 (0)
4) Afeganistão - 63 (0)
5) Somália - 60,5 (2)
6) Maldivas - 60 (0)
7) Iêmen - 57,5 (5)
8) Laos - 55 (0)
9) Eritreia - 55 (7,5)
10) Uzbequistão - 54,5 (0)
11) Butão - 53,5 (0);
12) China - 52 (0);
13) Paquistão - 51 (0);
14) Turcomenistão - 50 (0);
15) Comores - 50 (0);
16) Iraque - 49 (0);
17) Catar - 48 (0);
18) Mauritânia - 48 (0);
19) Argélia - 46,5 (0);
20)Chechênia - 46 (1,5);
21) Egito - 45,5 (0);
22) Índia - 45 (0);
23) Vietnã - 42,5 (0);
24) Mianmar - 41,5 (0);
25) Líbia - 41 (0);
26) Nigéria (Norte) -41 (0);
27) Azerbaijão - 39,5 (0);
28) Omã - 39,5 (6);
29) Brunei - 38,5 (1,5);
30) Sudão (Norte) - 36,5 (0);
31) Zanzibar - 36 (0);
32) Kuweit - 36 (0);
33) Cuba - 35,5 (0);
34) Tadjiquistão- 35 (0);
35) Emirados Árabes Unidos - 35 (6);
36) Sri Lanka - 34,5 (0);
37) Jordânia - 34,5 (0);
38) Djibuti - 34 (0);
39) Turquia - 33 (0);
40) Marrocos - 32,5 (1,5);
41) Indonésia - 30,5 (0);
42) Palestina - 29,5 (1,5);
43) Bangladesh - 29 (0);
44) Belarus - 28 (5);
45) Etiópia - 28 (5);
46) Síria - 28 (0);
47) Tunísia - 26,5 (0);
48) Barein - 26 (1,5);
49) Quênia (Nordeste) - 24,5 (0);
50) Cazaquistão - 22 (0);

Portas Abertas criou esta Classificação para acompanhar o grau de intolerância para com os cristãos ao redor do mundo.Ela é muito útil para manter você sempre alerta em relação aos países mais fechados ao Evangelho e acompanhar aqueles em que a perseguição está se tornando mais intensa.

Legenda: As colunas da Classificação

• A 1ª coluna apresenta a posição do país na lista. O país em primeiro lugar é aquele cuja situação é pior em termos de perseguição religiosa.

• A 2ª apresenta o nome do país ou região.

• A 3ª traz a nota final obtida no questionário mais recente. • A coluna 'Incerteza' mostra o grau de falta de informação precisa sobre o lugar. Se uma questão é respondida pela opção "Não se sabe/Nenhuma informação disponível", o número máximo de pontos possíveis é atribuído a tal pergunta. Quanto mais pontos, menor a certeza. Isso também significa que a nota somada aos pontos de incerteza é o pior cenário possível para tal país.

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Realidade de Mianmar segundo site Portas abertas

Quinta-feira, 14 de maio de 2009

A Igreja Perseguida em Mianmar
24ª posição na
Classificação de países por perseguição

A Igreja
A perseguição
Motivos de oração

Mianmar, antiga Birmânia, é conhecido como a "terra dos templos" e está localizado às margens do Golfo de Bengala e do Mar de Andaman, entre Bangladesh e a Tailândia. Seu território apresenta densas florestas e é caracterizado por uma região central de terras baixas, cercadas por um anel de montanhas íngremes e elevadas. População Há uma alta taxa de mortalidade no país devido à AIDS. A doença diminuiu a expectativa de vida para 63 anos e elevou a taxa de mortalidade infantil. A taxa de crescimento demográfico também é afetada pelo vírus, sendo a segunda mais baixa da região. A maioria dos birmaneses é adepta do budismo, que entrou no país durante os primeiros séculos da era cristã e tem sido a religião dominante desde o século IX. Ele exerce enorme influência sobre a nação. Os muçulmanos se encontram na região do Arakan, próxima à fronteira com Bangladesh no extremo sudoeste do país. Crenças tradicionais são praticadas por minorias étnicas e influenciam a prática do budismo. História e governo Os birmaneses descendem de tribos mongóis que chegaram à região no século VII. O Estado foi unificado em 1054, com a fundação da dinastia Pagan pelo rei Anawrahta. Durante essa dinastia, inúmeros templos budistas foram construídos. As primeiras guerras anglo-birmanesas ocorreram em 1824 e 1853. Em 1885, a Grã-Bretanha venceu a terceira guerra anglo-birmanesa e assumiu totalmente o controle do país. Já no século XX, com o início da II Guerra Mundial, os birmaneses chegaram a auxiliar o Japão em uma tentativa de expulsar os colonizadores ingleses. Finalmente, em 1947, o país obtém sua independência e torna-se uma união federativa de sete distritos e sete Estados minoritários. Em 1962, o Partido do Programa Socialista da Birmânia (PPSB) assumiu o poder e instaurou o socialismo. Decisões do governo deterioraram a situação econômica, e as mudanças de chefe de Estado, nomeadas pelo PPSB deixaram a população extremamente insatisfeita. Foram marcadas eleições para 1990, e o PPSB foi derrotado por 80%. O governo, entretanto, ignorou o resultado, proibiu as atividades da oposição, prendeu e exilou os oponentes e reprimiu as manifestações do povo. Ainda hoje há oponentes presos. A mais famosa é Aung San Suu Kyi, líder da oposição Liga Nacional Pró-Democracia. Ela ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1991. Sua popularidade impede o governo de executá-la, mas ele a mantém incomunicável em sua prisão domiciliar. Depois que a junta militar aumentou o preço dos combustíveis em agosto de 2007, milhares de birmaneses marcharam em protesto, liderados por pró-democratas e monges budistas. No final de setembro de 2007, o governo massacrou os manifestantes, assassinando 13 pessoas e detendo milhares por participar dos protestos. Desde então, o regime vem invadindo casas e mosteiros, e detendo suspeitos de atividades pró-democráticas. Economia Embora seja rico em recursos naturais, o país sofre com a má administração do governo, com políticas econômicas ineficientes, e com a pobreza rural. Entre 25-36% da população esta abaixo da linha nacional de pobreza. Grande parte da população está envolvida em atividades ilícitas. Mianmar é o segundo maior produtor de ópio - droga utilizada na fabricação de heroína -, e há sérios problemas no país relacionados ao uso de drogas e à prostituição. O país também trafica homens, mulheres, e crianças para exploração sexual, serviço doméstico ou trabalhos forçados no Leste e no Sudeste asiático. Ciclone Em maio de 2008, o ciclone Nargis atingiu Mianmar, deixando 134 mil mortos aproximadamente. No princípio, o governo recusou e proibiu a entrada de agentes humanitários. Mas, depois, deu permissão a poucos grupos.A Igrejavoltar ao topo O cristianismo chegou ao território birmanês no século X, levado por discípulos de Nestório. Mais tarde, chegaram o catolicismo romano no século XVI e o protestantismo em 1813. As reações ao cristianismo têm variado grandemente, mas o país continua sendo uma importante base para o ministério cristão na Ásia. A Igreja se divide em três grandes grupos: batistas, católicos romanos e anglicanos. Além desses, há outras pequenas denominações protestantes.A perseguiçãovoltar ao topo O governo ainda interfere nas reuniões e atividades de praticamente todas as organizações, inclusive as religiosas. Ele faz isso de maneira explícita e implícita. O governo impede clérigos budistas de promoverem os direitos humanos e a liberdade política. Mas, ao mesmo tempo, promove o budismo theravada sobre as outras religiões, em particular entre as minorias étnicas. As autoridades também desestimulam, e até proíbem, a construção de templos entre as religiões menores. Em alguns casos, funcionários do governo destroem os templos construídos sem autorização. Também é necessário solicitar a permissão do governo para reformar e fazer melhorias nos templos já existentes. Os cristãos das áreas rurais são perseguidos com frequência pelos governantes, que se alinham com poderosos grupos budistas e tentam utilizar a religião como forma de controlar a população local. No dia 11 de março de 1998, logo após a meia noite, Sheh Wah Paw, uma jovem de 17 anos, estava orando com sua irmã, Thweh Ghay Say Paw, de 15 anos. Nas proximidades, soldados queimavam cabanas feitas de bambu na região fronteiriça com a Tailândia. Muitos da etnia karen estavam desabrigados e Sheh Wah Paw agradecia a Deus pela cabana de bambu que as abrigava. Próxima daquela cabana rudimentar estava localizada a igreja batista que a família de Sheh frequentava regularmente. Aquela cabana, considerada uma bênção pela família Paw, estava para ser colocada à prova naquele momento. Kyaw Zwa, o patriarca da família, havia construído um abrigo provisório de concreto embaixo da cabana como esconderijo. Receando que sua casa pudesse ser destruída, ele refugiou-se com sua família naquele local, buscando proteção. No entanto, pouco tempo depois a cabana estava em chamas e o calor era tão intenso que o interior do abrigo parecia um verdadeiro forno. As chamas se espalharam pelo esconderijo e as roupas das pessoas que estavam ali começaram a pegar fogo. Finalmente, as garotas saíram correndo e gritando do abrigo. Infelizmente, duas semanas depois, as duas filhas de Kyaw Zwa faleceram em consequência das queimaduras. Um líder da região afirmou que aquela não era uma guerra entre cristãos e budistas, mas entre os karenes e os birmaneses, e que estavam usando a religião apenas como pretexto para dividir as duas etnias. Por isso, não é de se estranhar que a igreja batista tenha sido um dos primeiros locais a ser queimado, enquanto o mosteiro budista e os lares ao seu redor permaneceram intocados. Kyaw Zwa, entristecido pela perda de suas filhas, disse que os birmaneses odiavam os karenes, e que odiavam os karenes cristãos mais ainda. Por algum tempo ele questionou porque as orações de suas filhas aparentemente não tiveram resposta, mas depois seu coração encontrou a paz. Kyaw Zwa então afirmou o seguinte: "Eu sei que Deus me ajudou e que permitiu a morte de minhas filhas. Elas se foram, mas estão livres". Motivos de oraçãovoltar ao topo 1. A Igreja tem crescido rapidamente. Ore para que esse crescimento persista e para que os líderes da Igreja birmanesa desenvolvam métodos eficientes para treinar os novos convertidos e comissioná-los como evangelistas. 2. A Igreja enfrenta ataques de budistas que procuram restringir a atividade cristã. Peça em oração que os cristãos encontrem meios eficazes de responder a esses ataques e que consigam ganhar o respeito dos líderes governamentais e servir ao país. 3. A Igreja birmanesa tem exercido um impacto considerável em todo o continente asiático. Louve a Deus pelo alcance dos ministérios dirigidos por grupos baseados em Mianmar. Ore para que esses trabalhos continuem a exercer impacto e influência em toda a região. 4. A Igreja e o país inteiro sofrem com o problema das drogas. Interceda em oração pelo fim do narcotráfico que domina grande parte da economia birmanesa. Ore também para que os cristãos encontrem métodos viáveis de oposição ao comércio de drogas e forneçam alternativas econômicas ao povo birmanês.

Fontes - 2008 Report on International Religious Freedom - BBC Country profile - Enciclopédia do Mundo Contemporâneo. São Paulo. Publifolha: 1999 - Portas Abertas Internacional - The World Factbook Atualizado em 25/03/2009

Perseguição em Mianmar se radicaliza com perseguição a nobelista

Atualizado em 14 de maio, 2009 - 07:03 (Brasília) 10:03 GMT

Líder da oposição de Mianmar será julgada, diz advogado

Líder passou a maior parte dos últimos 19 anos presa
A líder da oposição de Mianmar, Aung San Suu Kyi, deverá ser julgada no próximo dia 18 por violar as regras de sua prisão domiciliar, segundo informou um de seus advogados Hla Myo Myint.
Suu Kyi foi levada de sua casa em Yangun para o presídio de Insein, uma prisão de segurança máxima onde estão detidos outros dissidentes políticos. Ela vai aguardar o julgamento na prisão.
A líder da oposição foi acusada de violar as regras depois que um americano tentou visitá-la em casa, aparentemente sem ter sido convidado. Ele também será julgado por crimes ligados à imigração e segurança, acrescentou o advogado.
John Yettaw, que segundo as autoridades de Minmar é veterano da Guerra do Vietnã, foi preso depois de ter atravessado a nado o lago em frente à casa de Suu Kyi e ter se escondido lá por dois dias.
As acusações ainda não foram confirmadas pelo governo, mas segundo o correspondente da BBC no sudeste da Ásia, este parece ser um pretexto para manter a líder dissidente presa até as eleições de 2010, quando a junta militar que governa Mianmar espera obter alguma legitimidade.
'Ridículo'
O advogado Jared Genser, que representa a família de Suu Kyi e assessora sua equipe legal, afirmou que vai contestar as acusações.
"A acusação é de violar os termos de sua prisão domiciliar, e o que seu advogado vai fazer é argumentar que claro que isso é ridículo porque, sim, pelos termos de sua prisão, ela não pode convidar pessoas a visitá-la. Mas está claro que ela não convidou essa pessoa a visitá-la", disse Genser à BBC.
"Se alguém aparece na porta dela, violando as leis de Mianmar, ela não pode ser responsabilizada."
Um porta-voz da Liga Nacional para a Democracia (LND), Nyan Win, disse que foi informado pelo advogado de Suu Kyi sobre o plano de julgá-la junto a duas mulheres que moram com ela.
Testemunhas disseram tê-la visto ser levada de casa com as duas assistentes em um comboio policial.
As informações são de que ela será acusada de acordo com a legislação que garante a segurança do Estado contra elementos subversivos, o que poderia resultar em uma sentença de três a cinco anos de prisão.
O principal advogado de Suu Kyi, Kyi Win, responsabilizou o americano pela prisão, referindo-se a ele como "um tolo".
Segundo o correspondente da BBC no sudeste asiático, não estão claros os motivos do "visitante".
A líder dissidente, que recebeu um Nobel da Paz por sua luta para tentar reestabelecer a democracia em Mianmar, passou a maior parte dos últimos 19 anos em prisão domiciliar.
Sua última sentença começou a ser cumprida em maio de 2003, depois de conflitos entre ativistas da oposição e manifestantes favoráveis ao governo militar de Mianmar.
A prisão domiciliar foi estendida no ano passado, numa decisão que, segundo analistas, é ilegal até mesmo para os limites determinados pela junta militar.
Esta última sentença deveria expirar no fim de maio.

Cosmograma sobre Nobel da Paz

14/05/2009 - 12h26
Visita de americano de 53 anos desencadeou processo contra Nobel da Paz em Mianmar
Fonte: UOL
A visita que desencadeou um processo penal contra a líder pró-democracia Aung San Suu Kyi em Mianmar foi feita por um homem identificado pela polícia birmanesa como John Yettaw, de 53 anos. Americano, Yettaw teria entrado no país asiático com um visto de turista.

A agência oficial de notícias de Mianmar divulgou hoje (14) fotos de John Yettaw, detido por entrar na casa da Nobel da Paz Suu Kyi. A imagem inferior mostra os pés-de-pato improvisados que o americano teria usado para nadar

Suu Kyi é líder de oposição à ditadura militar de Mianmar pelo partido Liga Nacional pela Democracia e ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 1991. A ativista pró-democracia cumpria uma ordem de prisão domiciliar que expira no próximo dia 27. Ela pode ser condenada a cinco anos de prisão pela visita de Yettaw.

O governo birmanês divulgou nesta quinta-feira (14) fotos do visitante americano e dos supostos pés-de-pato improvisados que ele teria utilizado para cruzar o lago Inya, localizado na capital do país, até chegar à casa de Suu Kyi. O jornal britânico "Independent" afirmou que John Yettaw fazia sua segunda viagem em Mianmar e estaria escrevendo um livro sobre abusos a direitos humanos, de acordo com a BBC.Porém, segundo reportagem da BBC britânica, a embaixada dos Estados Unidos em Yangun não confirmou de onde Yettaw vinha. Informações publicadas pelo jornal diziam que o americano é um veterano da Guerra do Vietnã, tem seis filhos e mora no Estado do Missouri. Jonathan Head, correspondente da BBC no sudeste asiático, informou que os motivos da visita do americano a Suu Kyi são desconhecidos. Também não se sabe como ele conseguiu passar duas noites na casa da ativista pró-democracia. Yettaw já havia entrado na casa de Suu Kyi em dezembro, de acordo com a reportagem da rede britânica.